Em reunião realizada na sexta-feira (10), na Uneb de Salvador, o Fórum das Associações Docentes das Universidades Baianas discutiu os primeiros passos da campanha de mídia para o Movimento Docente desse ano e um conjunto de ações e lutas para o mês de Março e Abril. Nesse período, as iniciativas de mobilização girarão em torno do cenário de retirada de direitos por parte do governo de Michel Temer (PMDB) e também do estadual governo Rui Costa (PT).
Além dos ataques a nível nacional, a exemplo da aprovação da PEC 241, Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, os trabalhadores baianos também estão sob a eminência de um duro cenário de perda salarial. De acordo com os cálculos do Fórum, a soma das perdas inflacionárias de 2015 e 2016 resultam em cerca de 30,5% de desvalorização do salário docente em função da ausência de reajustes por parte do governo do estado. Frente a isso, a campanha de mídia desse ano se centrará na luta contra a retirada de direitos e por recomposição salarial.
Reunião com a SAEB
Após inúmeras tentativas de diálogo com o Governo do Estado, o Fórum das ADs conseguiu uma reunião secretário Adriano Trombone da Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB) e Nildon Pitombo (SEC) que ocorrerá na Secretaria de Educação na terça-feira (14). Os temas da reunião estão relacionados à pauta de reivindicações do Movimento Docente para esse ano e, mais especificamente, sobre direitos trabalhistas, recomposição salarial e os processos emperrados de promoção e progressão.
Calendário de Mobilização
As atividades de mobilização encaminhadas estarão alinhadas com a pauta estadual e nacional do ANDES-SN e da CSP-Conlutas. Entre as iniciativas destaca-se ciclo de assembleias, panfletagens e manifestações nos dias 15 e 28 de março, quando acontecerá a votação em primeiro e segundo turno, respectivamente, da Reforma da Previdência no Congresso Nacional. Foi apontado também para dia 18 de Abril um grande ato das Universidades Estaduais com as reinvindicações estaduais.
Cartilha Estadual contra a Reforma na Previdência
A reunião também avançou no planejamento de uma Cartilha Estadual contra a Reforma da Previdência que explicará para a categoria os prejuízos causados pelo PrevBahia, e especificidades do FUNPREV e BAPREV. A cartilha foi proposta com o objetivo esclarecer por que o Fórum é contra a Reforma da Previdência de Michel Temer, mas também de denunciar o plano privado de aposentadoria complementar que tenta ser imposto pelo governo Rui Costa e como ele impactará a vida dos docentes.
